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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Carioca humilha grevistas.

Nepomuceno disse que categoria é minoritária e inexpressiva.
  
Servidores da Saúde lotaram o Salão Marina Silva e as escadarias da Assembléia Legislativa do Acre (Aleac), na manhã desta quarta-feira (6), em protesto contra a proposta oferecida pelo Governo do Estado e pela suspensão da votação do reajuste concedido as demais categorias.

Diante da pressão realizada pela categoria, a Mesa Diretora interrompeu os trabalhos durante a manhã e propôs uma reunião com os líderes sindicais.

Após horas de debate e troca de exigências de ambas as partes, os parlamentares articularam uma nova reunião a portas fechadas com o assessor especial do governador, Francisco Nepomuceno, o Carioca. 
nquanto isso, os manifestantes aguardavam os líderes sindicais nos espaços da Aleac. Por volta das 18 horas, os sindicalistas retornam a Aleac, e demonstrando total repúdio relatam a forma desrespeitosa com a categoria.

“Recebemos um tratamento totalmente desrespeitoso que um ser humano pode receber. O Carioca classificou nosso movimento grevista de fracassado e incompetente. Ele disse ainda que o governo não tem aumento para nossa categoria”, declarou o presidente do Sindicato dos médicos, José Ribamar.

“Não temos palavras para expressar aqui o que ouvimos e o que estamos sentindo. Em tom de deboche, o representante do governo falou que ele é muito bem pago pra dizer não ao povo. Ele chamou nosso movimento de minoritário e inexpressivo e ainda disse que Moisés Diniz não tem moral para falar em nome do governo”, disparou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Antônio Daniel.

Em meio a frases de efeito e indignação os manifestantes demonstraram união e por pouco não deram início a uma quebradeira nas dependências da Aleac.

“Nossa greve começa agora! Vamos mostrar nossa força e amanhã estaremos aqui em maior número e vamos invadir o prédio da Sesacre”, declararam os manifestantes.

A Mesa Diretora da Aleac, diante da falta de acordo entre as partes, decidiu manter a votação do reajuste concedido as demais categorias. 

A base oposicionista integrada pelos deputados Wherles Rocha, Chagas Romão, Antônia Vieira, Gilberto Diniz, Denilson Segóvia, Jamil Asfury, Antonia Sales e Marileide Serafim decidiram  abster-se da votação por considerá-la desrespeitosa aos servidores da Saúde.

O texto final do projeto de reajuste que beneficiou a Educação e demais categorias foi votado em sessão extraordinária após quase 10 horas de espera, com 15 votos favoráveis e 8 abstenções, e deverá seguir para sansão do governador Tião Viana (PT).


Ângela Rodrigues, da Agência ContilNet



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